Há pouco mais de um mês passamos por uma eleição histórica no Brasil. Histórica não somente por termos tido duas mulheres candidatas à presidência (com chances reais de vitória), ou de uma delas ter vencido as eleições, ou até mesmo pela ausência de um candidato, que pela primeira vez desde a redemocratização do país não participou das eleições presidenciais, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, impossibilitado por já estar em seu segundo mandato seguido. Mas, o que marcou esta eleição, do inicio ao fim, foi sem dúvida a forte influência dos meios alternativos de comunicação, as chamadas novas mídias.
É fato que há algum tempo as novas tecnologias invadiram a nossa vida, e nos últimos anos elas estão presentes até na hora de exercermos o direito ao voto, através da urna eletrônica. Nesta eleição, em especial, houve a liberação da campanha eleitoral pela internet, e isso possibilitou tanta uma ampla divulgação das propostas dos candidatos, assim como a de farsas e boatos, mas, seja com boas intenções ou agindo de má fé, o eleitor deixou de ser um mero espectador e passou a ter o poder de transmitir suas opiniões, declarar seu voto de forma muito mais rápida e eficaz.
Essas eleições foram o reflexo das transformações que a sociedade passa com a influência da evolução tecnológica. Surge na sociedade do novo milênio uma nova forma de ver o mundo, se antes o enxergávamos pelas janelas das nossas casas, hoje vemos em alta definição, em LCD, aos poucos deixamos de ser meros espectadores, para produzirmos, lermos, emitirmos opiniões. Isso é cibercultura. É a convergência das formas sociais surgidas na década de 60 e as novas tecnologias, formando uma cultura contemporânea.
Por Rafaela Marques.
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